sábado, 22 de fevereiro de 2014

Com 16 instituições, Santarém é polo universitário no oeste do Pará 43% dos universitários migram de outros locais fora da cidade. Investimentos das instituições representam 1,6% do PIB do município.

Um dos fatores que contribuem para Santarém se tornar pólo é a localização (Foto: STC no ar)
Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Gestão e Tecnologia, da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento (Semde), contabilizou 16 instituições de ensino superior, com 69 cursos, incluindo os semipresenciais, no município de Santarém, oeste do Pará. O resultado do estudo aponta a cidade como pólo universitário na região oeste, sendo o segundo município do Pará, com maior número de universidades, ficando atrás apenas da capital Belém, e seguida do município de Marabá, que é a terceira.
Segundo o economista e diretor do IGT, José de Lima Pereira, um dos fatores que contribuem para isso é a localização de Santarém.  “Aqui nós temos acesso a todos os lugares, temos quatro modais: rodofluvial, fluvial, aéreo e rodoviário e agora vamos ter o ferroviário, então isso faz com que se tenha acesso. A cidade que mais se desenvolveu nos últimos anos foi Santarém”.
Dados da pesquisa mostram que cerca de 43% dos universitários migraram de outros municípios do Pará e até de outros estados. Do Pará, a maioria vem dos municípios de Altamira e Itaituba. Do Brasil, quem mais busca qualificação profissional em Santarém são estudantes da região centro oeste, especificamente dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
A estudante Raíssa Caroline Barros de 21 anos, cursa o Instituto de Biodiversidades e Floresta (IBEF) e pretende fazer o curso de farmácia, na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Ela veio de Brasnorte, do Mato Grosso, buscar oportunidades novas fora da cidade onde nasceu. Segundo Raíssa, o fato de o pai morar na cidade, foi o principal incentivo para começar a vida universitária em Santarém. “O meu pai mora aqui em Santarém, e por isso, eu achei mais cômodo estudar aqui. Já trabalho como estagiária na própria universidade há três meses e se eu conseguir entrar no curso de farmácia, vai ser um sonho realizado”, contou.
Entre as públicas, a UFOPA, onde Raíssa estuda, possui o maior campi da cidade. Composta por três campus; atende um total de  3.772 acadêmicos dos cursos regulares de graduação, sem incluir os alunos do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), sendo 2.914 de Santarém e 634 acadêmicos de outras localidades.
Já a Faculdades Integradas do Tapajós (FIT), fundada em 1985, é considerada uma das instituições particulares mais antigas da cidade, segundo Lima. Atualmente atende 2.294 acadêmicos, sendo 857 de outros municípios e estados, oferecendo 13 cursos e com planos de disponibilizar mais cinco: Farmácia, Arquitetura e Urbanismo, Biomedicina, Gestão Ambiental e Segurança no Trabalho.
As outras instituições que oferecem cursos superiores são: Universidade Federal do Pará (UEPA), Centro Universitário Luterano de Santarém (Ulbra), Insituto Esperança de Ensino Superior (Iespes), Universidade Vale do Acaraú (Uva), Faculdade de Educação Teológica Lógos (Faetel), Estesib, Uninter, Universidade do Sul de Santa Catarina (UniSul), Universidade Norte do Paraná (Unopar), PUC (somente curso de teologia), (Insituto Federal do Pará) IFPA, Universidade Paulista (Unip) e Unisino.
Movimento na economia
Para Lima, essa migração é boa para o município, uma vez que movimenta a economia local. Segundo ele, os investimentos em educação superior representam 1,6% do total do produto Interno Bruto (PIB) do município e refletem em diversos setores, como imobiliário, alimentício e de serviços.
“Santarém ganha investimentos. Ano passado nós tivemos investimentos de R$ 33 milhões da iniciativa privada e também das unidades de ensino superior públicas, então isso faz com que a cidade ganhe, inclusive aumenta o PIB, porque ele é uma soma dos consumos das famílias, os investimentos públicos que estão incluídos aí, os investimentos das universidades públicas, os investimentos privados, mais os gastos do governo, mais exportações. Automaticamente, temos resultados diretos no PIB municipal e da região. O PIB da região fechou com 9,6 bilhões de reais”, ressaltou.
Segundo ele, o setor que mais ganha é o da construção civil, pois as empresas investem massivamente em prédios com pequenos apartamentos específicos para estudantes.
fonte G1 Santarém

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